segunda-feira, 20 de agosto de 2007

A sanguesuga tem três irmãs a saber: dá, dá, e dá

A frase acima é antiga, está na bíblia, o que denota que o problema não e novo, mas as dimensões nunca foram tão grandes como atualmente, as vezes eu fico pensando aqui o que é que se passa na cabeça de algumas pessoas:
É sabe, coisas do tipo assim: penduro mesmo na aba alheia, e pronto! E quem está me carregando está na obrigação, não pode reclamar, “quero nem quer saber como vai ser”, o podre é que quem faz isto sequer tem a coragem de admitir.
Cara é uma coisa assim meio surreal, o abuso velado que rola em cima do ato de se gostar, das convicções e dos laços de sangue.
A galera não pede licença para ir pra cama o fulaninho ou fulaninha, também não pergunta pra ninguém quais os prós e contras de se morar com alguém montar casa, se ter carro novo vai gerar falência bancaria, etc, fazem tudo como se estivessem numa grande e divertida brincadeira, e a qualquer sinal de advertência ou de aviso, reagem ferozmente como se o mais pleno e conscientes do direitos estivesse sendo vilmente atacado “eu é quem sei da minha vida!” , “problema meu!”, isto quando não aplicam aquilo que mais odeio que é um silêncio velado, que esconde sempre a falta de razão e argumento.
Até aí tudo bem, não fosse o fato de que quando “a porca torce o rabo”, e a “coisa fica feia”, as tão orgulhosas criaturas simplesmente não pensam duas vezes em arrumar em cima de quem despejar o problema.
Pois é, na hora de “revirar os olhinhos”, na hora do bem bom, não dividem com ninguém, agora, quando a soma das contas para pagar não deixa mais gastar em restaurantes, cerveja, salão, e nas lojas de roupas, ALGUÉM tem que resolver.
Ah, e tem também aquela galera que trabalha mora com a família, mas assim, inexplicavelmente no universo deles não existem ações como “dividir as contas”, “pagar a passadeira”, “dirigir para a mãe”, “lavar a louça”, não importa, frente a estas coisas reagem com irritação, aborrecimento, alegando dificuldades e ausência de recursos e de tempo, declarando-se sempre incompreendidos e injustiçados.
Agora, só pra saber? Porque os outros SEMPRE tem que ter tempo e recursos para os problemas desta gente?
Irmãos que ralam e que são mais controlados, sempre se magoando e se doendo porque toda hora tem que apagar incêndios em família, pais que, mesmo tendo levado a vida regradamente se vêem impedidos de desfrutar da velhice, pois sem se darem conta estão enredados com o dia a dia desta gente, que mora na casa deles, dá as contas DELES para eles pagarem, e ainda constantemente reclamam que são injustiçados, se houverem netos na jogada então, a coisa pega fogo!.
O curioso é que esta gente sempre lembra primeiro de si, para sair, para se vestir, para “viver um pouquinho” como dizem, mas e aqueles que por laços de sangue e afeto estão carregando o peso da coisa? Como é que ficam? Ah, se reclamar são egoístas, ingratos, o sujeito ou sujeita apela logo dizendo que é um rejeitado, um preterido em favor dos outros, é impressionante a lista de argumentos que aparece, ditos sem olho no olho, ditos aos berros, ou com lagrimas profusas, conforme o gesto que vai agredir ou compungir mais.
A lista é longa, mas sempre se resume nas mesmas coisas: abuso, exploração e acomodação, um egoísmo assim de proporções continentais.
Usam de artifícios vis, fazendo-se de vítimas, ou então aproveitam-se descaradamente da carência e dos sentimentos alheios: “eu gosto tanto de você”, “voce ta tão bonita!”, “me ajuda aí vai!, só desta vez!” , acontece que é a “desta vez” acontece toda hora e toda hora.
Se o irmão ou irmã arranja alguém, ih, não presta, não vale nada, afinal e o perigo de quem está de fora ver e alertar para o abuso que está ocorrendo? Incrível, risos, podre mas acontece toda hora.
Exploram pais irmãos, amigos, ate ficar tudo no osso, e se na velhice ou na adversidade estes precisarem deles, pode esquecer, pois qualquer mínimo que fizerem, se fizerem vai ser trombeteado, explorado e lamentado como se houvessem movido montanhas inteiras.
Eu particularmente tenho um desgosto grande com isto, acho podre a acomodação e a falsidade de quem é capaz de achar que só tem direito ao “lado bom” das coisas. E sequer tem a coragem de admitir isto.

Acabou não... tem continuação... vou falar de gente que “não sabe dizer não”....

Um comentário:

Anônimo disse...

Ê aê camarada tô com tigo nessa, chega de sangue suga!!!

Você já leu o livro de Jorge Linhares com este título A sanguesuaga tem três irmãs...

Lê, é o máximo

Bye.