sexta-feira, 13 de abril de 2007

aquilo que a gente passa.

Lá no gorduchas, rolou um papo sobre licença para existir, cara, acho que já fiz pior do que isto. Na guerra diária com os medos, inseguranças, no teste dos limites, no esforço insano de manter uma linha de conduta, o malabarismo para fazer tudo no limite do tempo, do bolso e do que a cabeça agüenta e aceita, a gente parece aquele ônibus do filme velocidade máxima, destrói tudo e vai se destruindo junto, parando apenas quando o que resta é simplesmente bagaço

Existem aqueles que gritam, agridem, existem aqueles que se fecham em si mesmos, existem aqueles que sempre que tem que lidar com algo específico são acometidos de uma espécie de catatonia, uma apatia , ficando “congelados”.

Já a anta aqui resolveu dar aquilo que lhe faltava, tentando, ao fornecer no atacado, colher algo no varejo, o problema é que coisas como: atenção, carinho, respeito, acertividade, o desprendimento para servir e ser útil, são mercadoria que todos consomem vorazmente e em larga escala, mas se omitem, ignoram ou simplesmente se recusam a fornecer. As colheitas, sempre magras e escassas acabam por ressecar o coração da gente, tal qual a falta de água faz com o solo do agreste.

Eu já reclamei muito, esperneei, devolvendo de bate pronto, em frases ácidas e cruas aquilo que estava sendo obrigado a engolir, a ressaca dos entreveros acaba por ser tão danoso quanto o próprio, e hoje em dia estou mais na política do “não vale a pena o confronto”. Mas isto esta me matando por dentro, e sabe, não esta me importando tanto assim, me sinto como que anestesiado, e não gosto.
Ter idade não é sinônimo de vivência, a gente faz o estrago, mas a verdadeira noção e dimensão , somente quando a poeira abaixa, e quando abaixa, cara, não tem estrutura que não rache ao se confrontada com isto.
Ainda não sei a dimensão do estrago, nenhum dos suportes nomais está operacional, sem trabalho, aparte afetiva, morando com pais denovo, uma lenha, o unico recurso é o tempo e os amigos, e assim aos poucos vai se faxinando e colocando ordem, as coisas e as paredes de volta no lugar.

Um comentário:

Ana disse...

até demora, mas quando a parede fica pronta de novo é sempre mais forte. Que nem na história dos 3 porquinhos!