terça-feira, 1 de agosto de 2006

Eu comigo mesmo, você com você mesmo.


São 6 da tarde no Rio, está frio, e acho que ainda vai chover de novo, somente agora estou me dando conta do fim do dia, de tão agitado que foi.
No ouvido Tears For Fears, “Woman in chain”, na cabeça muitas lembranças trazidas pela música e últimos tempos.
O corpo tenta relaxar do stress do dia, mesmo sabendo que ainda tem o rush da longa viagem para casa.
É uma sensação boa quando você chega no final do dia, e vê que ele foi todo ocupado não é?
Aí rola aquele tempinho em que você está “desacelerando”, e o corpo apresenta para você o cansaço acumulado do dia, e também aquelas coisas que você se esqueceu, que você lembrou, um review do dia.
Bom não é? Tempo para um sorriso, para ouvir uma musica, para lembrar de algo gostoso..
É algo gostoso, tipo uma caneca cheia de bebida quente, chocolate, mate, ou mesmo um bom e cheiroso café. Conversa, o calor de quem se gosta, a preguiça para sair da cama, para sair do chuveiro... pequenas coisas que o frio nos dá de presente, e o pior que ás vezes nós nem notamos.
Normalmente quando vou para casa já é tarde e o frio e a noite recolhem as pessoas às suas casas, então eu me vejo caminhando ouvindo somente o som do sapato no asfalto e os meus pensamentos.
Mas é bom curtir um pouco de si, egoísmos à parte, faz tempo que eu não fazia isto.
Nós nos devemos isto, um tempo para si, um tempo a sós, faz bem, mesmo que seja para o mais completo, pleno e total ócio e vazio, ainda assim faz bem.
Às vezes nos ocupamos tanto para evitar isto, pelo simples medo de se confrontar com nossos dilemas, mas tanto, que deixamos de apreciar as pequenas coisas perto de nós, ou então perdemos o contato com “nós mesmos”. E o preço é que deixamos de ouvir os avisos do corpo e da mente, e quando isto acontece, é dose, porque os dois se juntam e gritam ou tão ultimatos, como stresse, dores as mais variadas, baixa imunidade, taquicardia, pressão alta, infartos. A lista é longa, assim como o tempo para se recuperar de tais coisas.
É possível e não é pecado passar um tempinho consigo mesmo, sem no entanto ter a obrigação de repensar nada, ou decidir alguma coisa, ou cobrar-se de algo. Mais do que possível é necessário, é fundamental. Toda maquina que opera permanentemente no limite bate-pino, funde, estraga, e o corpo humano é uma maquina que não tem peças para reposição estragou, haja meia sola, quebra galho, e isto quando dá, senão ó..
A gente pode perder de um tudo na vida, menos saúde, porque esta quando se perde a gente não acha mais.
E não tem manual para isto não, cada um precisa descobrir um jeito de fazer, de desacelerar, de baixar o ritmo, e dar um “descanso para a máquina”, porque não demora tem que começar de novo. Faz parte. E começar de novo sempre é uma benção.
Pensa nisto com carinho, e assim como eu, experimenta, vai devagar, algo me diz que a experiência vai ser boa, e de maneira nenhuma vamos perder com isto, muito pelo contrário.

2 comentários:

Mônica disse...

com certeza a experiência é boa...e válida sempre...

beijos, querido...esperando q tudo esteja caminhando bem por ái

Anônimo disse...

Hei, vizinho, muito bom encontrar vc por aqui...

F.

www.eusozinho.blogger.com.br