quarta-feira, 16 de agosto de 2006

Um desejo


Um amor sem perguntas, sem palavras, sem amanhã, sem hoje, apenas um amor, sem nome, endereço, cep e cpf, nem numero de telefone celular..
Um amor daquele que se identifica e registra pela troca de olhares, ou pelo eco que a voz do outro faz dentro da gente.
O compromisso: apenas a maravilhosa incumbência de proporcionar carinho, afeto, atenção e tesão a quem você tem nos braços em doses maciças, cavalares, absurdas.
O regulamento: fome, instinto, vontade, desejo, e aquela certeza de que tinha que ser, não importando o que virá depois.
A sinalização: sorrisos, olhares, a respiração, o caminho “ordenado-desordenado” das mãos, que ao mesmo tempo que sabem, não se decidem por onde ir e aonde terminar na mágica que é a imensidão de quem a gente ama quando esta nos nossos braços.
A posse: aonde você não se pertence, e é completamente senhor e dono de quem está nos teus braços.
O abandono: os medos e pudores ficaram trancados do lado de fora da porta.
O tempo: Aquele instante onde o tempo não conta, o relógio está congelado, eternidades em um segundo e segundos com cara de eternidade.
Você não precisa da luz, você não teme o escuro, e tanto um como outro te proporcionam imagens e instantes os quais você vai se lembrar mais tarde e provavelmente por toda a vida.
O cheiro, o gosto, a textura, o ondular do peito frente a respiração, fazendo o sentido da visão completamente dispensável, pelo menos naquele segundo.
O intervalo: do aconchego, do colo, da naturalidade do nu, sem vergonhas, da deliciosa imagem do outro, calmo, em paz, até mesmo do sono intenso, sendo você o travesseiro, o desalinho do teu cabelo, te dando ares de criança..

Mas.. é apenas um desejo.. mas é tão bom não é??