terça-feira, 13 de novembro de 2007

o bicho de cada um de nós


Oi gente..
pois é eu estou aqui, escrevendo, enquanto tendo desacelerar o espírito e a cabeça depois de dirigir 1 hora e meia para chegar em casa vindo do trabalho.
eu me desloco de um bairro de classe media e classe alta, para o suburbio, mais precisamente para a baixada aonde moro. E o que cansa, o que desgasta é a arrogância, a selvageria e a ignorancia dos motoristas de uma região que, na teoria, tem mais estudo, mais civilidade, mais qualidade de vida.
É um tal de jogar carro em cima, dirigir velozmente em cima das calçadas, avanço de cruzamento, deslocamento constante entre faixas e por aí vai.
E se voce pensa que quem faz isto é gente sem preparo se engana, os carros são novos, de faixa intermediaria para tops de linha, dirigidos por quem pode dispender um valor de, por baixo 25.000 a 30.000 reais na aquisição.
Cada vez mais a gente ve, gente nas classes mais altas mas completamente sem norte de civilidade, de vida em sociedade, ignorantes com dinheiro, fazendo aberraçoes pela vida a fora.
Me impressiona uma região valorizada, com media per capita alta aonde os motoristas se chingam, as pessoas promovem barracos em filas de mercado, shoping e cinemas, que aliás ficam uma lixeira ao fim das sessões.
senhoras que saem de loja sem pagar, que dao calote, num shoping aonde poucos podem consumir, cujos maridos devem ganhar por mes meus rendimentos de um ano.
as pessoas alcançaram um bom patamar na vida financeira, mas esqueceram de trazer a qualidade de vida junto, de viver a vida e da arte de conviver tambem. é deprimente a conversa em mesa de certos restaurantes ou mesmo na area publica dos shopings de luxo, aonde os interlocutores ostentam entre si vantagens e riquezas e feitos completamente vazios e sem sentido, um perfeito non sense para cineasta nenhum colocar defeito.
Particularmente nunca me encheu os olhos a vida nos bairros mais abastados de minha cidade, e atualmente, por motivos profissionais tenho sido obrigado a circular mais por eles, tenho aprendido a gostar deles ainda menos. e a decididamente evita-los o maximo possivel.
Num país aonde a justiça é apenas para os pobres e os sem padrinhos, circular em bairros de classe media e classe alta, no meu ponto de vista tornou-se mais perigoso do que em muitas favelas famosas daqui. Nestes bairros os habitantes exercem a truculencia e a violencia do pior estilo: a ancintosa, a gratuíta, de forma intensa, calçados na certeza de que sua condição e relacionamentos sociais hão de lhes garantir impunidade e supreendentemente até mesmo condiçoes de vitimas. Duvida? pesquisa no jornal, empregadas domesticas espancadas em ponto de onibus, promotores bebados atropelando e se valendo da carteira para sair impunes.
Aqui no Rio tem advogado rico, que vive de tirar os filhos da classe media e alta das encrencas, confusoes, flagrantes policiais e etc.. já ouvi frases do tipo "fim de semana é que ganho dinheiro com os filhos de pai e não aqui no forum" e por aí vai..
Eu tenho curiosidade para saber o que ele fazer quando o filho dele for a vítima, ou mesmo a esposa...

2 comentários:

Janaina disse...

Oi, lindo!!
Algumas coisas não mudam. Ou mudam?

Anônimo disse...

Li tudo o que que eu queria ler.
Durante 25 anos morei em Realengo. Faz três que moro no Recreio e concordo em gênero, número e grau com tudo o que você disse. Que povinho sem noção esse daqui! E o pior é que na maioria das vezes o aluguel do aptº está atrasado e o o carro está financiado em 60 X...