quinta-feira, 27 de julho de 2006

Administradora

Já que eu estou de "administradora" do Vivere nestes dias em que o Dani está sem internet, resolvi fazer uma sacanagenzinha com ele.
Este post é para dizer a você, Daniel, o quanto é querido. Mesmo com as coisas que anda passando, nunca se esquece de perguntar por mim, como eu estou, como está sendo meu dia. Não deixa de ligar para ter notícias, não deixa de visitar o Alfarrábio.
Por isso eu afirmo, com tanta certeza, que você não é um amigo virtual. Você faz parte da minha vida, como um AMIGO (assim mesmo, tudo maiúsculo) que eu considero, admiro e gosto muito.
Você vale a pena, Daniel.

P.S.: Ninguém mandou você me dar a senha do seu blog. Agora "güenta".

Janaina Staciarini

A diferença

A diferença no tratamento com as pessoas está no tato, na percepção que temos que ter sobre alguém com quem estamos tratando, tratar com educação é a praxe, o diferencial esta em perceber as nuances, está em conseguir visualizar o que para nós é comum, transparente, mas para os outros não. Pois só assim podemos de verdade entender com quem estamos lidando, e só assim poderemos ajudar o outro a expandir seus horizontes, sua forma de pensar e seus conceitos, e se isto não for possível, vai permitir tratar e lidar, sem ofender, sem magoar o destratar sem ao menos se dar conta, simplesmente porque não compreendemos o jeito de ser e de pensar de alguém.

terça-feira, 25 de julho de 2006

Curtas

aAlguém aí precisa de um cérebro? Por aqui tem simplesmente um monte sem uso..

aSe a igreja católica contasse os devotos de São Tomé, teria que construir uma catedral das grandes, e com 5 vezes mais banheiros femininos que masculinos.

aEu continuo achando a omissão o mais cretinos dos crimes, e com o pior dos castigos: afinal se você não lidar com o que quer que seja, jamais vai saber o resultado.

aSe você não quer estimular, tudo bem, mas por mais improvável que seja o que alguém se propôs a fazer, se não vai machucar ninguém, nem ofender, nem atentar contra a vida, nem de ninguém, nem do próprio que pretende fazer a coisa, fica frio e não joga pedra, dê a figura pelo menos o benefício da dúvida.

aEu continuo com muitos questionamentos sobre o que fazer da vida, sobre o que eu quero, acho que estas coisas são meio dinâmicas, papo longo. Mas com certeza definir o que não quero, e batalhar por isto tem funcionando bem.

a“Meter a cara no trabalho” alivia o aperto da parte pessoal, mas só alivia, e se fizer muito vai é piorar as coisas.

aSerá que só para variar, vamos ter algumas decisões importantes ou inevitáveis na vida que, não serão dolorosas?

aAmar já me deu felicidades, prazeres e dores, ensinamentos, e por aí vai. Tudo em proporções diversas, com intensidade incrível, com impressão de durarem uma eternidade, e eternidades que não levaram mais que um segundo.
Agora ao passar do divórcio nominal, para o real, digamos assim. Eu fui deixar o meu filho pela primeira vez na casa da mãe depois de uma semana juntos, a primeira em muito tempo, e vê-lo com os olhos cheios d’agua no elevador dizendo “tchau, eu te amo” partiu meu coração como jamais mulher nenhuma fez nem vai conseguir fazer. E olha que já me fizeram “estragos”, risos. E como eu ainda estou vivo segura que o que vier agora “é pinto”. Mas a saudade agora está mais difícil de encarar e isto eu tenho que admitir.

quinta-feira, 20 de julho de 2006

Bons amigos podem ser comparados à uma vela


É, podem sim, é só pensar um pouquinho..

Uma vela permite que você enxergue no escuro, vá devagar para não machucar, uma vela pode realçar contornos, curvas, faz com que fiquemos pertinho para poder desfrutar a luz e o calor, tem vela que deixa o perfume gostoso no ar.
Tem vela enfeitada, e tem vela que não importa como ela é e sim a luz que ela te oferece.
e quanto mais velas, mais luz, e você vai mais rápido, percebe mais coisas, e o ambiente adquire um novo perfil, um novo charme.
Grandes gestos da humanidade foram feitos á luz de velas, guerras, revoluções, leis, descobertas, show, viagens, gente...
E assim como as velas, eles sempre vão estar ali, para a hora que você mais precisar, quando bater o escuro, o frio.
portanto lembre-se deles também para o romantismo dos jantares, a intimidade das conversas, a formalidade das reuniões, das tomadas de decisões, da beleza das ornamentações, na sensualidade dos tons de luz, enfim a lista é longa, use-a, não se acanhe.

Não se deve abusar das velas assim como dos amigos, elas queimam, causam incêndios, machucam, mas só se você abusar ou for negligente.
As velas se acabam e se você se descuidar só vai sobrar uma macha de cera, precisamos cuidar dos amigos, pois com certeza eles sempre vão nos deixar muito, desde que colaboremos.

então bom dia do amigo para todos..

quarta-feira, 19 de julho de 2006

É bom

Bom, quando não nos sentimos sós;
Bom, quando aprendemos como ser companhia.

Bom quando entendem a gente pelo olhar;
Bom quando aprendemos olhar e entender o que se passa.

Bom quando traduzem o nosso estado de espírito pela forma que a ultima frase foi dita;
Bom quando aprendemos a ,só de ouvir uma frase, saber como as coisas estão.

Bom quando ganhamos espaço sem precisar pedir;
Bom quando aprendemos dar espaço sem pedirem.

Bom quando nos dão aquele silencio solidário e cúmplice, que no momento é tudo que estamos precisando.
Bom quando sabemos aquele instante em que só a nossa presença basta.

Bom quando chegamos, e foi “o dia”, e você ganha uma dose da bebida certa sem nem precisar pedir.
Bom quando aprendemos a medida certa.

Bom quando você está “um lixo”, e do nada te tratam como “o mais importante do mundo”
Bom quanto temos pessoas importantes na nossa vida e elas nem se dão conta disto.

Bom quando você está a mil por hora, agitadíssimo, e te param de um jeito assim tão trivial que você se dá conta que passou, não está rolando nenhuma crise, o mundo não está acabando, era apenas você ainda com o “acelerador” preso na velocidade alta do dia.
Bom quando aprendemos a atitude certa.

Bom quando o “vendaval passa” e alguém relaxa, ou se acalma e te dá atenção.
Bom quando aprendemos a retribuir.

Na vida da gente estamos sempre decidindo, procurando, avaliando e re-avaliando, mas de tudo, acho que nunca quero deixar de aprender todo dia como ser bom.

segunda-feira, 17 de julho de 2006

O que é certo é o que é fácil

No filme que eu vi este fim de semana saiu a seguinte frase:
"Teremos que escolher entre o que é certo é o que é fácil",
pois é, é a mesma coisa? dificilmente.
Às vezes o que é certo é fácil. principalmente quando estamos conceituando, exemplificando, comentando.
Agora, e quando temos que fazer? e quando temos que escolher?
ah, aí o bicho pega não é?
É fácil fechar os olhos, é fácil se omitir, e fácil fazer de conta que não sabe, é fácil jogar pedras, e fácil cobrar, e fácil lamentar, e fácil sentir pena de si mesmo, é fácil condenar, e fácil dar uma solução para tudo: você faz assim, não faz assado.., e por aí vai.
Como diz o ditado popular "jogo é jogo e treino é treino".Acontece que quando o jogo começa, a coisa muda de figura:
O Arbitro é a vida, o juiz a justiça, a instância apelativa: divina, repararam que todas as entidades estão no feminino?
e em comum com o feminino temos, muita memória, a praticidade da aplicação da regra, a baixa tolerância à reincidência e a ação implacável sobre a reincidência, a displicência, e quanto mais alta a instancia menor a tolerância para os que abusam e mais dura a postura com os que pleiteiam.
Eu não estou acusando as mulheres de nada, e nem criticando, é apenas uma visão
"in natura" das coisas, basta fazer o devido encaixe..
Agora vamos ao que é certo:
Dificilmente é popular, é temido, é respeitado, mas sem barulho, geralmente um assentimento silencioso e constrangedor, afinal não é o que é certo? então cadê os incentivos?, as aprovações?, os comentários nas rodas? porque só se comentam os embaraços, os vexames, as fofocas? porque não comentar acalorada e apaixonadamente as etapas de algo "certo"?
O processo de se fazer o que é certo é geralmente longo, mesmo que dure um minuto, é recheado de momentos e situações preenchidas pelo frio, pela solidão e o escuro do incerto, acho que posso chamar isto de paradoxo mas é verdade.
O certo muito freqüentemente causa dor aos dois lados, embora no geral isto só seja admitido no lado "passivo" da coisa, causa desconforto, o certo não tem platéia, porque todo mundo acredita que quem vai vencer é o que é fácil, somente porque "ganha" muitas partidas e geralmente em pouco tempo.
O jogo quando longo entedia quem o assiste. E no caso do que é certo, quando a partida termina, a platéia emudece, num silêncio causado pelo "não saber o que fazer", devido o não usual do resultado, e mais que depressa se ela dedica a uma nova partida, ou "troca o canal" pode-se dizer, voltando a atenção a uma outra arena onde outra questão está tendo seu desenrolar de forma mais usualmente "interessante".
De um certo modo, eu aprendi que vender a alma ao Diabo, é algo barato. Blasfêmias á parte, descobri que tem coisa muito pior do que isto, que é vender a alma para o que é fácil.
Eu não condeno quem fez, quem faz isto, não me atrevo sequer a dizer que não vou fazer, somos todos humanos, e portanto falhos, e faz tempo que eu aprendi que tem horas que você chega à conclusão que o que deve ser feito é cuspir para cima e esperar que caia solenemente no meio da cara.
Mas tem coisas que a nossa natureza simplesmente não nos permite fazer e quando a gente tenta ou faz, pagamos um preço por demais caro.
E a cobrança é imediata, fatura automática, e na maioria das vezes, para pagamento integral, porque em parcelas então se torna pior o castigo do que o crime.
Pior do que morrer por alguma coisa é se tornar um morto em vida, perder o viço, o respeito próprio. para se ver destruído sem luta, é melhor ir para a arena.
E, falando dos resultados..
O fácil está ai, é visível, e "comum", e objeto das indulgências, da aceitação, é "aceitável" porque "é o que todo mundo faz", "não dá para fazer diferente" é uma rotina, aonde se ganha: a perda do amor próprio, da auto-estima, da convicção, aonde se ganha uma vida pálida, e cheia de cenários e máscaras, um para cada ocasião, onde se tem antidepressivos, estimulantes, depressões, síndromes do pânico e disso e daquilo, auto-rancor, auto-raiva, e um ingresso vitalício na irmandade:
"nos-fizemos-a-mesma-coisa-nao-falamos-disso-somos-vitimas-silenciamos-entre-nos-e atacamos-os-de-fora"
e o que é certo:
Não, não existe uma espécie de regra cabal sobre o que é certo, ele é certo e pronto, mas tem as circunstâncias e o momento, e para que o ato, a atitude ou o que mais for tenha validade, tudo tem que obedecer a um mínimo de sincronismo, ou timing para quem preferir.
Ele, não raramente dói, machuca, demora uma eternidade, arranha o espelho da vaidade, racha colunas aparentemente solidez de convicções e amizades, é lento na sua conclusão e veloz no seu potencial de destruição, arrasando para renovar, e mutilando para preservar, e para renovar também.
E, não, fazer o que é certo não nos faz superior a ninguém, até porque para concluir lutamos muito contra o que é mais fácil, apenas às vezes nos faz notar uma capacidade maior de se impor privação, de tolerar a dor, o sofrimento e a solidão do processo.
O certo nos renega ao isolamento, não dos excepcionais, do fantástico, mas o isolamento imposto pela intolerância que o ato causa em quem optou pelo fácil.
Mas dá o premio maior, que é o benefício de se ficar em paz consigo mesmo; a segurança que vem do silencio que o confronto com o ato feito, causa em todos ao redor de você, te da a visão de seus verdadeiros amigos, e a certeza que, às vezes atos discretos, e pequenos gestos valem mais do que a mais efusiva aclamação de estádios lotados.
Não vão gritar o seu nome. Não vau te aplaudir. Pelo contrário vão até fazer de conta que não estão lhe vendo.
Mas você vai conseguir desfrutar do silencio e do intervalo entre esta e outras que virão na sua vida, de uma maneira única.
E aproveite, porque o descanso é curto, e daqui a pouco vai começar tudo de novo, e você vai estar com mais cicatrizes, mas mais forte, mais sábio, e com um pouco de sorte, só um pouco, vai conseguir tocar a sua vida, um dia de cada vez, e arranjando sempre cada vez mais um tempinho maior para apreciar a paisagem que ela te oferece, afinal a vida é uma só, e a beleza, está nos olhos de quem a vê. e você decide o que você quer ver não é?

Justificativa


"Estou ralando, e estou com a vida um pouco enrolada, fazendo mundança, mas já estou chegando para colocar ordem na casa e fazer a faxina."